União Europeia aprova mais de 10 milhões para ajudar Guiné-Bissau

A União Europeia (UE) anunciou hoje em comunicado que vai aprovar um programa de ajuda alimentar e de apoio ao desenvolvimento da Guiné-Bissau, num valor superior a 10 milhões de euros.

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Lusa
16/12/2013 16:39 ‧ 16/12/2013 por Lusa

Economia

Solidariedade

A União Europeia (UE) anunciou hoje em comunicado que vai aprovar um programa de ajuda alimentar e de apoio ao desenvolvimento da Guiné-Bissau, num valor superior a 10 milhões de euros.

O projeto "Ações Integradas em Nutrição e Desenvolvimento Agrícola (AINDA)" combina "ações de emergência e estratégias de desenvolvimento sustentável", refere a delegação da UE em Bissau.

Numa primeira fase de três anos, o projeto pretende assegurar o fornecimento de alimentos "a crianças, mulheres grávidas e doentes de tuberculose, a nível dos centros de saúde nas tabancas [aldeias], dos centros de recuperação e das escolas".

O fornecimento dos alimentos será acompanhado por um programa educativo nutricional para melhorar os hábitos de higiene e alimentares.

Numa segunda fase, o projeto prevê a promoção e apoio à fileira do caju, produto agrícola que presenta o principal rendimento da maioria das famílias guineenses.

O objetivo é incrementar a capacidade financeira da população, promover o aumento e a diversificação da produção de alimentos e a criação de pequenos animais para promover um desenvolvimento socioeconómico sustentável.

Prevê-se ainda "a criação de um sistema de informação e de alerta precoce para melhor antecipar e responder às situações de crises", acrescenta o comunicado.

O projeto UE - AINDA complementa "outras ações já em curso financiadas pela UE para melhorar a produção, a transformação, a comercialização e a diversificação dos produtos locais", conclui a representação europeia em Bissau.

O principal inquérito feito no país pela Organização para Alimentação e Agricultura (FAO) e pelo Programa Alimentar Mundial (PAM), entre agosto e setembro de 2013, concluiu que um terço das famílias da Guiné-Bissau vive hoje com falta de comida e é obrigada a cortar refeições.

FAO e PAM alertam ainda para o possível agravamento da pobreza no início de 2014, tendo em conta que muitas famílias já hipotecaram a produção agrícola futura para terem dinheiro.

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