Pedro Passos Coelho reagiu ao acordo sobre a reforma do IRC e afirmou aos jornalistas que “temos muito que fazer no pós-troika”. O primeiro-ministro começou o discurso com um tom humorístico mas acabou por falar sobre a época natalícia, que fica marcada pelos resultados económicos “positivos”.
“Estamos na recta final do programa de ajuda externa, que termina no dia 17 de Maio, ou seja, daqui a cinco meses, e é importante valorizar os aspectos positivos que se podem coleccionar e que nos fazem acreditar que a recta final será bem sucedida e que podemos olhar para o futuro com confiança”, afirmou o primeiro-ministro.
Passos comparou a crise que marcou 2011 com a que assolou Portugal entre 1883 e 1885 e afirmou que “a resposta que hoje obtivemos foi mais positiva do que aquela que se fez sentir nessa altura”.
O líder político declarou que, “em termos reais, o valor das prestações caiu mais nessa altura do que agora, sendo que em 2011 pedimos 40% de financiamento ao estrangeiro. Na crise de 1883 pedimos apenas 5%”.
Passos admite que “todos sabemos que foi muito difícil, principalmente nesta altura de Natal mas que todos os sacrifícios que temos vindo a fazer têm produzido resultados que nos levam a pensar que vamos fechar o programa de assistência de forma favorável.” Para o primeiro-ministro, “2014 será um ano de recuperação com dados favoráveis”.
“Os resultados mostram que a nossa economia cresceu e que a tendência recessiva ficou vencida, e nada aponta que o final do ano reverta esta tendência”, disse.
“Quando olhamos para o crescimento da economia, ficamos cada vez mais confiantes de que em 2014 será possível coroar positivamente os esforços dos portugueses dar mais confiança e mais esperança a todos”.
Passos Coelho concluiu deixando um mensagem de bom Natal para as famílias portuguesas, mas relembrando que “ainda temos metas muito difíceis e objectivos muito exigentes para alcançar, mas que estarão ao nosso alcance. Temos que manter a determinação e as finanças públicas saudáveis de forma a atenuar as desigualdades da sociedade”.