"Não tenho nota que, no ano, tenha havido um aumento. Temos números mais ou menos constantes, mas que são bastante altos", referiu o governante à Lusa, a propósito dos números da emigração em 2013.
Apesar de não existirem dados oficiais, o Governo admite que o número de portugueses que emigraram seja semelhante ao do ano passado - cerca de 100 a 120 mil: "Não pode aumentar muito porque não há empregos", disse José Cesário.
Os países da Europa, em particular a França, continuam a ser os principais destinos dos portugueses, com Angola a atrair também números semelhantes aos do ano passado, na ordem dos 25 mil.
Questionado sobre se aumentou a saída de emigrantes para o Brasil, um país que já considerou que poderia atrair muitos portugueses, o secretário de Estado admitiu que "isso não se está a verificar", sobretudo devido à falta de equivalências para certas profissões, como engenheiros e arquitetos, que não podem exercer naquele país.
Sobre Moçambique, também os "valores se mantêm idênticos" aos de 2012, ou seja, entre três a quatro mil portugueses foram este ano viver para este país africano, onde "o volume de obras públicas não aumentou muito".
Questionado sobre se os conflitos e os raptos têm levado os portugueses a evitar este país, Cesário reconheceu que "há receio e medo, mas cá, porque lá as pessoas fazem as suas vidas normais".
Para o próximo ano, Cesário admite ter uma "expectativa otimista, mas otimista moderada".
"Se tivermos um número assinalável de empregos criados - o Instituto do Emprego diz-nos que este ano foram cerca de 120 mil -, temos menos emigração", sustentou.
O responsável pela tutela das Comunidades apontou o aumento das exportações como um indicador positivo, uma vez que significa "mais produção e mais postos de trabalho criados".