Por ano, as empresas públicas gastam cerca de 368 milhões de euros em suplementos remuneratórios. Este montante diz respeito a gastos, trabalho extraordinário isenção de horário, subsidio nocturo ou trabalho em feriados e/ou fins-de-semana, entre outros, mas são os custos respeitantes a exercício de funções de chefia e subsídios por “penosidade” da tarefa os que mais pesam.
Estes 368 milhões de euros equivalem ao que o Estado tem que compensar após o mais recente chumbo do Tribunal Constitucional (TC), referente ao sistema de convergência de pensões.
De acordo com os dados Direcção-Geral do Tesouro e Finanças, citados pelo Diário de Notícias, 40% deste encargo das empresas públicas destinou-se ao pagamento de encargos associados ao horário de trabalho. Os pagamentos relacionados com a função custaram 118,79 milhões de euros, as deslocações custaram 16,3 milhões de euros, já “outros suplementos” pesam em 80 milhões de euros o bolo total
Os funcionários dos transportes aéreos foram os que mais receberam em suplementos, cerca de 11.531 trabalhadores ganharam 101 milhões de euros num ano, seguindo-se daqueles que exercem funções em serviço públicos de saúde, 87.612 funcionários para 89,2 milhões de euros.
A despesa com prémios custou ainda às empresas publicas 37,9 milhões de euros no ano passado.
O estudo da DGTF revela ainda que 63% dos suplementos são pagos mensalmente, seja em 12 ou em 14 meses.