O jornal i fez as contas, recorrendo aos dados disponíveis mais recentes sobre a criação de postos de trabalho, e concluiu que entre Janeiro e Setembro de 2013 foram criados 21,8 mil empregos, ao contrário dos 120 mil apontados pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, na mensagem de Natal encorajadora que dirigiu ao País.
Esta discrepância prende-se com o facto de o chefe do Executivo ter ignorado os resultados do primeiro trimestre do ano, como se 2013 tivesse tido início em Março.
Isto porque, realça o i, nos primeiros três meses do ano foram destruídos 98 mil postos de trabalho.
Entre Abril e Setembro assistiu-se, de facto, a uma evolução positiva do número de empregados no País, passando de 4,43 milhões para 4,55 milhões. Ora, a diferença corresponde aos tais 120 mil novos empregos que Passos apresentou na passada terça-feira.
Acontece que o primeiro-ministro se 'esqueceu' de subtrair a este total as 98 mil pessoas que ficaram desempregadas entre Janeiro e Março.
Assim, para que os dados referidos pelo líder do Governo estivessem correctos, o País teria de ter chegado a Setembro com 4,65 milhões de cidadãos no activo, quando, na realidade, não ultrapassou os 4,55 milhões.