De acordo com dados do Banco de Portugal foram levantadas mais de um milhão de notas de 500 euros, durante o ano de 2013, o que equivale a um total de 522 milhões de euros cuja aplicação é desconhecida.
Este valor representa um aumento de 50% em relação a 2012 e, segundo avança o semanário Sol, as autoridades estão preocupadas com o fenómeno, que pode significar um aumento de branqueamento de capitais e de fugas ao Fisco.
Ninguém sabe ao certo onde estão estes 522 milhões de euros mas, questionado pelo Sol, o Banco de Portugal afirmou que este valor pertence a clientes que põem o dinheiro ‘debaixo do colchão’, como segurança, estando associado à constituição de “reserva de valor”.
No entanto, o vice-presidente do Observatório de Economia e Gestão de Fraude, Óscar Afonso, disse ao mesmo jornal que “o uso de notas de montante elevado deverá estar associado ao fenómeno de economia não registada, nas suas vertentes subdeclarada e ilegal”.
De Janeiro a Novembro, as instituições financeiras entregaram aos clientes mais de um milhão de notas de 500 euros.
A Serious Organised Crime Agency, que investiga os crimes de “colarinho branco” no Reino Unido, estima que 90% das notas de 500 euros estão nas mãos do crime organizado e de quem quer fugir ao Fisco.