"Na sua mensagem de Natal o Primeiro-Ministro afirmou que o emprego começou a crescer e, em termos líquidos, até ao terceiro trimestre foram criados 120 mil postos de trabalho. Esta afirmação é falsa porque omite a destruição de cerca de 98 mil empregos ocorrida no primeiro trimestre", diz a central sindical numa nota de imprensa.
Segundo a CGTP, que cita dados do INE, "a evolução do emprego indica apenas uma evolução líquida cerca de 22 mil empregos em 2013".
A Intersindical salienta ainda a importância da "natureza dos empregos que estão a ser criados".
A análise da distribuição do emprego segundo a situação na profissão, em conjunto com a variação do emprego em 2013 em cada uma das categorias, levou a Inter a afirmar que a maioria dos novos empregos é por conta de outrem (61%), foram criados cerca de 50 mil empregos não permanentes (contratos a termos e outros) e registou-se uma diminuição de 37 mil trabalhadores por conta de outrem com contratos permanentes (sem termo).
"Paralelamente ao aumento do emprego houve um processo de substituição de trabalhadores com contratos permanentes por trabalhadores com vínculos precários", salienta a central.