Cortiça lidera produção silvícola nacional em 2018

A cortiça foi em 2018 o produto mais relevante (38,2%) da produção silvícola nacional, posição que tinha perdido a partir de 2004, para a madeira para triturar, revelam, estatística do Instituto Nacional de Estatística (INE), hoje divulgadas.

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lusa
23/06/2020 12:14 ‧ 23/06/2020 por lusa

Economia

INE

 

O INE, na publicação disponível na sua página de internet, salienta as alterações que a estrutura da produção silvícola nacional tem registado ao longo dos últimos anos, uma vez que a madeira para triturar chegou a representar 42,5% da produção no período 2010-2014.

As estatísticas revelam que o Valor Acrescentado Bruto (VAB) da silvicultura diminuiu 2,1% em volume e aumentou 5,3% em valor em 2018, quando se registou um aumento do consumo intermédio (CI), em volume e valor (10,1% e 15,7%, respetivamente).

O INE diz que nesse ano observou um aumento nominal da produção da silvicultura (8,3%), para o qual contribuíram, sobretudo, a cortiça (+25,1%) e os serviços silvícolas (+21,7%), que mais do que compensaram o decréscimo de 3,1% da produção de madeira, após a elevada oferta verificada no ano anterior, na sequência dos grandes incêndios florestais (de junho e outubro de 2017).

"O acentuado aumento do CI foi determinado fundamentalmente pela componente relativa a serviços silvícolas (nomeadamente operações de limpeza e desbaste de floresta, recolha de sobrantes e construção de caminhos corta-fogos)", explica o INE.

A produção de cortiça tem registado aumentos nominais sucessivos desde 2013, e em 2018 registou um aumento de 25,1% face ao ano anterior, para o que contribuiu um aumento de 6% do volume e de 18% do preço.

Segundo o INE, o preço tem apresentado uma tendência crescente desde 2013, relacionada com a comercialização de cortiça de qualidade superior necessária ao fabrico de rolhas adequadas à conservação do vinho de qualidade, quer para o mercado nacional, quer para exportação.

Em termos de balança comercial, o saldo de produtos à base de cortiça é positivo e 2018 registou o valor mais elevado, estando incluídos nestes produtos rolhas, materiais para construção civil, decoração ou isolamento.

O rendimento empresarial líquido1 (REL) da silvicultura e exploração florestal aumentou 6% em 2018, situação que não se verificava desde 2015, para o qual contribuiu principalmente a variação nominal positiva do VAB da silvicultura e exploração florestal (mais 5,3%).

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