"Não pode mexer-se nas pensões a tiro de pistola"

Para Medina Carreira, “o Governo tem de mexer nos funcionários públicos e nas prestações sociais”, uma vez que, “em 2010, 99% dos impostos pagos pelos portugueses foram canalizados para o pagamento de salários e prestações sociais”. Por outro lado, o antigo ministro das Finanças lançou críticas à chamada "recalibração" da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES).

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Notícias Ao Minuto
06/01/2014 22:45 ‧ 06/01/2014 por Notícias Ao Minuto

Política

Medina Carreira

"Alterações à CES são um imposto. Isto viola a Constituição", assinalou o antigo responsável pela pasta das Finanças, Mediana Carreira, na antena da TVI24. "Não pode mexer-se nas pensões a tiro de pistola", acrescentou.

O comentador fez sobressair, por outro lado, que “em 1995, 80% do valor dos impostos pagos pelos portugueses foi destinado ao pagamento de pessoal e prestações sociais. Em 2010, esse valor subiu para os 99%, tendo as prestações sociais registado a maior subida (de 40% para 64%).

Por este motivo, e em resposta ao plano B do Governo - que incide sobre o alargamento da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) e o agravamento das contribuições para a ADSE -, o jurista entende que “tem de se mexer nos que realmente pesam”, porque “a primeira limitação que temos é de dinheiro a andamos a viver durante muito tempo com dinheiro emprestado”.

Na opinião de Medina Carreira, “nunca ninguém pensou no afundamento da economia nos termos em que ocorreu. É algo que não pode ser mexido à pressa. São precisos meses. E tem de se mexer nos funcionários públicos porque é no Estado que não há dinheiro. O problema é o Estado”.

“De 2008 para 2009, as despesas com pessoal e prestações sociais subiram 4,5 mil milhões de euros. (...) Isto não vai lá pelas receitas. Vai lá pelas despesas. Sem mexer no pessoal e nas prestações sociais não vamos lá. Temos duas maneiras: menos gente ou menos salário”, rematou.

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