Esta posição consta de um pergunta formal hoje dirigida ao ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, formulada por Miguel Laranjeiro, secretário nacional do PS para a Organização, e pelos deputados socialistas Nuno Sá e Sónia Fertuzinhos.
Segundo estes três deputados, o PS "tem vindo a receber várias denúncias que dão conta de uma operação de manipulação dos números do desemprego em Portugal pelo Governo".
"Com efeito, de acordo com tais denúncias, o Governo usa e abusa das chamadas políticas ativas de emprego, designadamente da modalidade de ações de formação de muito curta duração para fazer baixar artificialmente os números do desemprego. Por outro lado, é igualmente referido que, por expressa ordem da tutela do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), os beneficiários do rendimento social de inserção (RSI) estão a ser registados através de processos manuais ao invés dos habituais registos informáticos com o objetivo de não entrarem nas estatísticas do desemprego em Portugal", apontam os três deputados do PS.
Neste contexto, Miguel Laranjeiro, Nuno Sá e Sónia Fertuzinhos pediram ao ministro Pedro Mota Soares dados muito concretos sobre "como têm evoluído as políticas ativas de emprego e quantos cidadãos desempregados se encontram inscritos em ações de formação profissional".
"Quantos cidadãos desempregados se encontram a frequentar ações de formação profissional de curta duração? Os cidadãos desempregados que frequentam ações de formação de curta duração são incluídos nos números de desemprego? É verdade que os beneficiários do RSI são registados manualmente e não são incluídos nos números do desemprego?", questionam os deputados socialistas.