As confederações patronais (CAP, CCP, CIP e Confederação do Turismo) repartem cerca de 500 mil euros, que recebem do Orçamento do Estado com as duas centrais sindicais com assento no Conselho Permanente de Concertação Social, a CGTP e a UGT, revela hoje o jornal i, acrescentando que este valor se tem mantido igual ao longo dos últimos três anos.
Contas o i referem que um montante idêntico é canalizado para as despesas com o pessoal do próprio Conselho Económico e Social (CES), que ascendem a 551,681 mil de euros por ano, e cuja média dos vencimentos dos 17 funcionários, incluindo o do presidente, ronda os 2700 euros mensais em termos brutos.
Assim sendo, no total são cerca de 1,2 milhões de euros transferidos anualmente pela Direcção-Geral do Orçamento para o Conselho Permanente de Concertação Social, cuja função é emitir pareceres obrigatórios, previstos na lei, ou solicitados pelos órgãos de soberania (Governo e Assembleia da República) e, ainda, no exercício do direito de iniciativa, emitir outros pareceres no âmbito da sua missão e competências, sempre que as circunstâncias o justifiquem, explica o jornal i.
Mas, os apoios do Estado aos patrões e sindicatos não se ficam por aqui.
Revela o i que existe uma série de centros protocolares, que os sindicatos e as associações patronais mantêm em conjunto com o Instituto do Emprego Formação Profissional (IEFP) e outras entidades, que também é financiada pelo Orçamento de Estado. Ainda que, neste caso, parte da verba seja concedida também pela União Europeia, nomeadamente através do Fundo Social Europeu.
Neste âmbito, para este ano, acrescenta o jornal, estão previstas transferências no valor de 90,3 milhões de euros para 29 centros co-geridos pelo IEFP e associações representativas do patronato e dos sindicatos.