A Fitch defende que a queda do Executivo de coligação português "não desencadeará uma imediata" revisão do ‘rating' de Portugal só por si, mas alerta que se a queda implicar "desvios significativos ao programa da troika" isso sim "poderá ter um impacto negativo" na notação de Portugal, que está actualmente em ‘BB+’. Em entrevista ao Diário Económico, Michele Napolitano, o novo analista da agência de rating que segue Portugal, diz mesmo que o Orçamento para 2013 entregue esta segunda-feira "é apropriado" e "exequível".
Questionado sobre o impacto do Orçamento para o próximo ano sobre o rating, o especialista indica que o documento “não tem um impacto imediato sobre o rating”. “Do nosso ponto de vista, o Orçamento é apropriado tendo em conta o grande desafio orçamental que Portugal enfrenta”, afirma o analista da Fitch, acrescentando que “tudo leva a querer que o Orçamento é exequível” visto que nos últimos anos, outros países, de que os países do Báltico são o principal exemplo, sofreram medidas de austeridade mais duras do que Portugal e aplicadas em menos tempo e sem contestação “social”.