“O reforço do clima de confiança e a consolidação dos sinais de recuperação económica são prioridade nacional” para 2014. As palavras pertencem a Cavaco Silva que, no âmbito da cerimónia de cumprimentos de Ano Novo do Corpo Diplomático acreditado em Portugal, fez um balanço sobre 2013 abordando, também, algumas expetativas para o ano que agora se inicia.
O chefe de Estado, que falava no Palácio de Queluz, salientou que 2014 começa com “mais esperança”, não deixando, contudo, de ressalvar o que, a seu ver, aconteceu de bom ano passado.
Desde logo, “cumprimos os compromissos possíveis, apesar de um contexto económico externo adverso”, sendo que “a economia registou sinais positivos”.
Foi, inclusive, em 2013 que “continuaram a ser exigidos sacrifícios aos portugueses e estes revelaram coragem e sentido de oportunidade”, o que possibilitou que o País saísse “da recessão em que esteve mergulhado desde 2010”.
Cavaco Silva enalteceu ainda o facto de se ter verificado “alguma redução do desemprego”, tal como os indicadores que mostram “um comportamento positivo” das exportações.
Por conseguinte, o “crescimento da economia é a chave para conter restrições a que o País tem estado sujeito” e para uma “trajetória saudável das finanças públicas”, concretizou o Presidente.
"Este é um ano crucial para Portugal. Como sabem, em meados de 2014 o Programa de Assistência Económica e Financeira chegará ao fim. Apesar de estarmos ainda a alguns meses deste objetivo, existem razões que nos permitem acreditar que concluiremos este programa com sucesso. Será pois um momento decisivo para o nosso país", afirmou.
Sobre o ano que passou, o chefe de Estado lembrou alguns dos “grandes desafios a nível europeu”, tais como a implementação da União Bancária, fundamental para uma “Europa bem preparada para lidar com sacrifícios do presente e futuro”. Em 2014, “não se poderá abrandar o esforço conjunto”, com vista a uma União Europeia mais coesa e solidária”, acrescentou.
Já a nível diplomático, Cavaco Silva salientou as deslocações que fez a países como Colômbia, Peru, Panamá, Suécia e Cracóvia, com vista a reforçar estas relações, assim como as visitas a Portugal dos Presidentes de Timor-Leste, Panamá, Turquia e Letónia.