Governo tem "reserva de 533 milhões" e recorre a pensionistas

A antiga ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, disse hoje no seu habitual comentário na TVI 24 que o Orçamento do Estado guarda um “fundo de maneio de 533 milhões de euros”, um valor muito superior ao “buraco” criado pelo chumbo do Tribunal Constitucional ao regime de convergência das pensões. A social-democrata questiona então qual será o destino de tal valor e acusa o Governo de recorrer sempre aos pensionistas quando é preciso mais dinheiro.

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Notícias ao Minuto
16/01/2014 23:24 ‧ 16/01/2014 por Notícias ao Minuto

Economia

Ferreira Leite

Manuela Ferreira Leite questionou hoje o “fundo de maneiro de 533 milhões de euros” que está previsto no Orçamento do Estado para este ano. Para a antiga líder social-democrata esta questão tem que ser explicitada, pois é um valor suficiente para “tapar o buraco aberto pelo chumbo do Tribunal Constitucional”.

“Aparece no Orçamento do Estado um fundo de maneio superior a 533 milhões de euros, o que é um volume muitíssimo superior ao que se perdeu ou perderia pelo facto de o Tribunal Constitucional não ter aprovado aquelas medidas”, referiu.

Para Manuela Ferreira Leite “não havia necessidade de um plano B. Já lá estava o plano B: os 533 milhões. Afinal, para que está aquilo ali?”, questionou, acrescentando: “ “Cabia lá [no fundo de maneio] perfeitamente o chumbo do Constitucional e sobrava ainda muito dinheiro”.

A antiga ministra das Finanças acusou assim o Governo de ter um fundo de maneio e de, ainda assim, voltar a recorrer aos pensionistas.

“Para as brechas dos pensionistas não há um cêntimo neste País. Há reservas para tudo, menos para os pensionistas. Este Orçamento ilustra a forma como são tratados os pensionistas neste País”, atirou.

Sobre o aumento dos descontos para a ADSE e da Contribuição Extraordiária de Solidariedade e ainda os cortes nos salários acima dos 675 euros, Manuela Ferreira Leite referiu que “estamos a analisar muito friamente os cortes na despesa do Estado sem complementarmos [a análise] com as consequências que este tipo de cortes traz para a sociedade e para a economia.

“ Para além destes cortes e ainda existe a incógnita enorme sobre o que é que vai acontecer às pensões daqueles que ainda não estão reformados mas que já fizeram o pedido de aposentação”, afirmou.

Sobre esta questão, a antiga ministra das Finanças afirmou que “neste momento nenhuma pessoa que pediu a sua aposentação sabe quanto vai receber”. “E acredito que as próprias pessoas responsáveis por essa matéria não sabem explicar”, concluiu.

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