Em 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) de Chipre diminuiu 2,4%.
No entanto, tendo em conta o efeito da profunda reestruturação bancária de Chipre - que incluiu a imposição de uma taxa sobre os depósitos bancários superiores a 100 mil euros -, as autoridades cipriotas consideram-se satisfeitas com os resultados.
De facto, as primeiras estimativas feitas pela 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) no início do programa de ajustamento previam uma queda do PIB de 8,7% em 2013, objetivo que foi revisto em baixa para 7,7% depois da última avaliação.
Ainda que não tenham sido publicados os dados definitivos, calcula-se que o PIB cipriota em 2013 se situe em 17.000 milhões de euros.
Em contrapartida, um dos indicadores que piorou significativamente foi a dívida, que deverá ter atingido 113% do PIB no final de 2013, depois de ter sido de 86,6% em 2012.
Nicósia obteve em 2011 um empréstimo de 2.500 milhões de euros do governo russo, enquanto a 'troika' concedeu no ano passado um empréstimo de 10.000 milhões de euros a vários anos em troca de um rigoroso programa de cortes dos gastos sociais, privatizações e de uma profunda reestruturação bancária.
A 'troika' prevê regressar a Nicósia nos próximos dias para fazer uma nova avaliação do programa de ajustamento.
O efeito das medidas de austeridade tem sido parcialmente amortizado por um ambicioso plano de emprego financiado pelo Governo para evitar que o desemprego (superior a 16%) atinja os níveis de outros países europeus em crise, como a Grécia e Espanha.