Estado suporta mais de metade das receitas do Espírito Santo Saúde

Mais de 50% das receitas da empresa Espírito Santo Saúde advêm dos cofres do Estado. De acordo com o Jornal de Negócios, as receitas provêm dos subsistemas de saúde públicos, das parcerias público-privadas e de outras verbas, que permitem a sustentabilidade da empresa com alguns riscos associados.

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Notícias Ao Minuto
29/01/2014 08:57 ‧ 29/01/2014 por Notícias Ao Minuto

Economia

Parceria

Do total dos 279,5 milhões de euros decorrentes das vendas e serviços prestados pelo Espírito Santo Saúde (ESS) nos primeiros nove meses de 2013, 53,8% vieram direta ou indiretamente dos cofres do Estado, avança o Jornal de Negócios.

Destes, 29,5% dizem respeito aos subsistemas de saúde pública, como a ADSE, SAD e ADM, 22,7% têm origem em parcerias público-privadas (PPP) - no caso, o Hospital Beatriz Ângelo, em Loures - e 1,6% advém dos proveitos decorrentes de contratos e convenções com o Serviço Nacional de Saúde para reduzir as listas de espera.

No total, o Estado permite à empresa liderada por Isabel Vaz garantir a sua subsistência nos moldes em que esta funciona, já que representa mais de metade dos rendimentos, mas com riscos que lhe estão associados.

“O Estado pode rescindir unilateralmente e a todo o tempo o contrato de PPP por razões de interesse público ou (…) implementar uma especial sobre as PPP (…) e as pressões orçamentais sobre o Ministério da Saúde podem afetar os rendimentos a receber do Hospital Beatriz Ângelo, que a ESS gere em parceria com o Estado”, alertou fonte ligada à empresa, em declarações ao Jornal de Negócios.

Além disso, existe o perigo de os funcionários públicos desistirem dos subsistemas públicos de saúde, o que, associado aos restantes fatores, pode por em causa o lugar do ESS como líder no mercado privado de saúde em termos de rendimentos e o segundo lugar como operador privado, a seguir ao grupo José de Mello Saúde.

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