"O ajustamento vai demorar 20 anos"

A troika vai sair de Portugal a 17 de maio mas o presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d'Oliveira Martins, deixa este sábado um aviso na antena da rádio TSF: “o ajustamento vai (ainda) demorar 20 anos”. Considerando ser “prematuro” neste momento falar num saída limpa ou num programa cautelar, Oliveira Martins sublinha que ainda “há zonas de desperdício na Administração, no Estado, na utilização dos dinheiros públicos”.

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Notícias Ao Minuto
08/02/2014 08:13 ‧ 08/02/2014 por Notícias Ao Minuto

Economia

Guilherme d'Oliveira Martins

Porque “o ajustamento vai demorar 20 anos e demorando 20 anos, todos vão ser chamados à responsabilidade”, o presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d'Oliveira Martins, sustenta, no programa ‘Tudo é Economia’, da rádio TSF e Dinheiro Vivo, que quer Passos Coelho, quer António José Seguro “têm de estar à altura” dos desafios do país, frisando que “temos de ter a coragem de encontrar denominadores comuns que nos permitam sair da melhor maneira”.

Sobre o pós-troika, agendado para 17 de maio, Oliveira Martins considera que “é prematuro” definir se Portugal deve optar por um programa cautelar ou uma saída limpa porque, sublinha, “isso reduzirá a margem de manobra. O que temos que garantir é que quando chegarmos ao termo desse prazo tenhamos as taxas de juro nas melhores condições”.

O presidente do Tribunal de Constas afirma também, nesta entrevista, que ainda há ‘gorduras’ no Estado onde é possível cortar. “Há zonas de desperdício na Administração, no Estado, na utilização dos dinheiros públicos. A dificuldade está aí: não devemos sacrificar o essencial e devemos combater as despesas dispensáveis”, avisa.

“A inércia da máquina do Estado” conduz, na opinião de Oliveira Martins, a que seja “mais difícil preservar uma despesa essencial do que cortar no desperdício. Porque o desperdício corresponde a um hábito que se vai mantendo e que, às vezes, é confundido com direitos adquiridos. O que temos é de distinguir claramente aquilo que são verdadeiras prioridades”.

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