'A austeridade mata'? Sim, mas povo crê que "não há alternativa"

Um estudo, realizado pela Faculdade de Direito de Lisboa, foi apresentado ontem no lançamento do livro ‘A austeridade cura? A austeridade mata?’, de Paz Ferreira, e veio mostrar que a grande maioria dos portugueses afirma que “a austeridade está a afundar o país económica e socialmente” e que “o aperto o cinto veio para ficar”. Segundo o jornal i, 46,4% da população afirma que só depende do governo.

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Notícias ao Minuto
20/02/2014 09:22 ‧ 20/02/2014 por Notícias ao Minuto

Economia

Estudo

A grande maioria dos portugueses pensa que “a austeridade está a afundar o país económica e socialmente” mas que “vai continuar por uns anos”. Para muitos, “nem sequer existem propostas políticas credíveis”.

As conclusões pertencem a um estudo realizado pela Eurosondagem para a Faculdade de Direito de Lisboa, que foi apresentado ontem, no lançamento do livro ‘A austeridade cura? A austeridade mata?’, de Paz Ferreira.

Ora, 61,7% dos portugueses acha que a austeridade a que a população tem sido submetida está a “afundar o país”. Aqueles que acreditam que a estratégia do governo vai “equilibrar as contas” ficam-se pelos 28,4%.

Segundo este estudo de opinião, divulgado pelo jornal i, 63,6% dos portugueses considera que “o aperto do cinto veio para ficar por uns anos”, sendo que apenas 24,9% crê que a saída da troika, agendada para o dia 17 de maio, irá melhorar a situação ou “abrandar a austeridade”.

Que a culpa é do governo e que apenas está nas mãos de quem manda resolver a situação, é a opinião de 46,4% dos inquiridos. Por outro lado, 43,2% pensa que a situação será resolvida com as ações da Alemanha, da troika e do “exterior”.

No que toca à atribuição de culpas, 37,7% dos portugueses refere o nome de Pedro Passos Coelho, enquanto 42,5% se refugiam na “situação exterior ao país” e à “dívida acumulada”.

Se o caminho escolhido poderia ter sido diferente? Para quase metade da população (49,3%), a resposta é ‘não’, e apenas 39,3% dos portugueses acredita em “propostas políticas credíveis que ponham fim à austeridade”. 

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