Foram feitas as contas ao que cada agregado português pagou ao Estado em 2012, tendo-se concluído que este valor se centrou em 1.829 euros.
Os dados constam do Orçamento do Cidadão divulgado hoje pelo Governo e através do qual se percebe que o trabalho e as pensões são os principais rendimentos sujeitos ao IRS.
Estes números justificam-se pelo facto de “uma larga maioria dos contribuintes (65,6%), ter rendimentos anuais coletáveis que não ultrapassam os 10.000€”.
Assim, “esta parte da população paga, em média, 111€ de IRS por ano. Inversamente, uma pequena minoria de 0,6%, com rendimentos acima dos 100.000€, fornece mais de 21% da receita total do IRS, pagando, em média, cerca de 80.000€ por ano”, lê-se do documento que está disponibilizado na página da internet do Executivo.
Ao todo, das 4.624.902 declarações de IRS submetidas naquele ano foram angariados 8,46 mil milhões de euros pelos impostos que foram englobados (sendo que não foram considerados, por exemplo, o IRS pago a título de taxas autónomas ou as taxas liberatórias).
“O IRS é um imposto progressivo, isto é, pagam proporcionalmente mais os agregados familiares com maior rendimento”, lê-se ainda no site.
Já no que toca ao IRC, verificou-se uma quebra de 2,1% nas receitas do Estado, “cujo volume de negócios ultrapassou em 2012 os 5 milhões de euros, [pelo que se garantiu] 67,7% da receita do Estado com este imposto” sobre as empresas.
Este documento, efetuado em parceria pelo Ministério das Finanças e pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), visa explicar de onde vem e para onde vai o dinheiro do Estado.