Até Setembro, as receitas de portagem, o principal proveito operacional da Brisa, registaram uma queda de 9,8%, de 423 para 382 milhões de euros, anunciou a empresa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A empresa liderada por Vasco de Mello viu as receitas operacionais caírem 10,3% nos primeiros nove meses do ano, para 457,9 milhões de euros, o que é justificado pela "conjuntura económica muito difícil".
"Sendo a correlação da economia portuguesa com o tráfego rodoviário muito forte, manteve-se no terceiro trimestre do ano um comportamento negativo do tráfego consolidado da rede Brisa, ainda que menor do que o registado nos primeiros seis meses do ano", explica.
No final de Setembro, por comparação com o mesmo período de 2011, o tráfego acumulado decresceu 13,2%, tendo o tráfego da concessão Brisa diminuído 14,4% e das concessões Brisal e Atlântico registado variações igualmente negativas de 15,4% e 12,6%, respectivamente.
No mesmo período, a empresa manteve o programa de redução de despesas operacionais e de investimento, o que permitiu reduzir os custos operacionais em 9,2%, tendo atingido os 136 milhões de euros.
Os custos com pessoal diminuíram 10,7% para 64 milhões de euros, avançou a empresa, explicando que, face ao período homólogo, em Setembro, tinha menos 177 trabalhadores, totalizando 2.550 colaboradores.
O investimento foi travado com um decréscimo de quase 33% nos primeiros nove meses do ano, para 40 milhões de euros.
No final de Setembro, a dívida consolidada ascendeu a 4.181 milhões de euros, menos 6,8%, do que em Dezembro de 2011.