Modernização da linha da Beira Baixa é de "interesse nacional"

O presidente do conselho de administração da CP, Manuel Queiró, considerou hoje, na Guarda, que a modernização da linha da Beira Baixa, no troço Guarda-Covilhã é de "interesse nacional".

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Lusa
04/03/2014 18:13 ‧ 04/03/2014 por Lusa

Economia

Presidentes

"Há um interesse nacional e há um interesse da própria CP e da CPCarga e não temos problema nenhum em reafirmar isso", disse hoje Manuel Queiró, no final de uma reunião de trabalho com os presidentes das Câmaras da Guarda e da Covilhã.

Em fevereiro de 2009, foi decidida a suspensão da circulação na linha da Beira Baixa, entre aquelas duas cidades para obras de renovação do troço, mas após o investimento em pontes, túneis e dez quilómetros de linha, a REFER parou os trabalhos.

"Para a CP sempre foi um objetivo que devia ser considerado, fechar este anel e propiciar alternativas de transporte, sobretudo para as mercadorias, mas não só", disse o presidente da CP.

Segundo o responsável, a economia nacional "tem a ganhar" com a modernização da linha, "porque a saída da fronteira de Vilar Formoso, do ponto de vista do transporte de ferrovia serve o país todo e é aquela que o serve com maior quantidade de transporte de comboios".

"Metade do país teria conveniência em ver trânsitos com menor tempo de percurso, com menor distância de percurso e, portanto, com custos mais comportáveis para as empresas exportadoras, aumentando assim a competitividade e eficiência da nossa economia", justificou.

O responsável, que integrou o Grupo de Trabalho das Infraestruturas Estratégicas de Valor Acrescentado, espera que o relatório "seja também a ocasião" para marcar a "inversão de políticas em favor de um certo retorno ao ferroviário".

Manuel Queiró disse, ainda, que projetos como o da linha da Beira Baixa "têm um profundo impacto na competitividade nacional, na sustentabilidade futura e na viabilidade futura" do país.

O autarca da Guarda, Álvaro Amaro, considerou que a modernização da linha "é crucial para o interesse da economia do país porque ajuda a valorizar aquela que é hoje a maior fronteira de mercadorias, que é a fronteira de Vilar Formoso".

"Concluir esta rede, além de ser o fecho de rede entre a Covilhã e a Guarda, é em termos da economia muito importante e em termos do território igualmente importante", afirmou.

O autarca sublinhou, ainda, o facto de a CP reconhecer "o interesse económico nacional da conclusão desta obra, independentemente da classificação do grupo de trabalho que estudou as infraestruturas rodoviárias e portuárias".

O presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, lembrou que o troço está encerrado há cinco anos, situação que "tem causado graves danos à economia local e regional".

"É mais do que compreensível que esta obra tem de passar a ser uma prioridade. Ela não pode estar no décimo lugar numa lista de quinze. Tem que estar no primeiro lugar", defendeu.

Segundo o autarca, "é incompreensível" que a linha continue encerrada".

"Ela não pode ficar para as calendas gregas. Este projeto tem que avançar rapidamente, em força", afirmou.

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