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Apoio internacional prova que manifesto "não é disparate"

João Cravinho, o grande promotor do manifesto que pede a reestruturação da dívida, comentou hoje, aos microfones da Antena1, o outro documento promovido por 74 economistas estrangeiros, sustentando que esse apoio internacional prova que o que “dizemos não é nenhum disparate”.

Apoio internacional prova que manifesto "não é disparate"
Notícias ao Minuto

14:32 - 20/03/14 por Notícias Ao Minuto

Economia João Cravinho

“Surpreendeu-me muito a rapidez e a prontidão com que tanta gente de qualidade respondeu, e surpreendeu-me de modo muito agradável e favoravelmente”.

É com esta afirmação que o antigo ministro João Cravinho, um dos autores do manifesto dos 70, comenta hoje aos microfones da Antena1 a posição que 74 economistas estrangeiros defendem, num documento revelado esta quinta-feira nas páginas do jornal Público e cujo teor é em tudo semelhante ao primeiro: apoia-se a via de uma reestruturação que permita um “esforço de pagamento compatível com uma estratégia de crescimento”.

“Sei que há pessoas que assinam e que por uma razão ou por outra ainda não o comunicaram, mas estão na intenção de assinar este apelo”, refere Cravinho, esclarecendo que o manifesto hoje divulgado prova que “o que dizemos, ao contrário do que dizem algumas pessoas muito letradas no nosso país, não é nenhum disparate”.

Às mais de 70 personalidades portuguesas, entre as quais Bagão Félix e Manuel Ferreira Leite, que assinaram o recente manifesto para a reestruturação da dívida pública, juntam-se a partir de hoje mais 74 economistas estrangeiros, como Marc Blyth (académico da Universidade Brown) e José Antonio Ocampo (antigo ministro colombiano das Finanças e secretário-geral adjunto da ONU).

Resta saber agora qual será a reação do primeiro-ministro Passos Coelho a este documento, sendo que, recorde-se, ao manifesto assinado por vários personalidades portuguesas, a resposta foi de total recusa da iniciativa, argumentando que põe “em causa o financiamento do país” e “envia a mensagem errada a todos aqueles que esperam que Portugal cumpra as suas realizações”.

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