Os antigos dirigentes da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) não viram com bons olhos a assinatura do Manifesto dos 70 por parte de António Saraiva.
De acordo com a carta a que o Expresso teve acesso, as fartas ao presidente da confederação patronal são muitas e vêm de alguns dos seus antecessores.
"Os fundadores e ex-presidentes da CIP são legítimos defensores da memória histórica da CIP, desde a sua fundação no verão de 1974 até aos dias de hoje. Os combates que travaram obrigam-nos a vir, publicamente, repudiar a atitude do atual presidente ao envolver-se e assinar um manifesto que não defende e prejudica os interesses permanentes de Portugal”, lê-se no documento, assinado por António Vasco de Mello, Francisco van Zeller, José Manuel Morais Cabral e Pedro Ferraz da Costa.
“Um residente da CIP que, a título pessoal, assina por uma instituição fere o património histórico que deve respeitar (…) e põe em causa esse desígnio fundador. (…) Não podem, os signatários, deixar de lamentar a atitude tomada e demarcam-se, publicamente, da falta de respeito para com a instituição a que dedicaram grande parte da sua vida pessoal e profissional”, acrescentam os antigos responsáveis.