Luís Marques Mendes avançou, na antena da SIC, alguns dados sobre o último conselho de ministros que dão conta que “os cortes em 2015 vão oscilar entre 1,5 e 1,7 mil milhões de euros”, pelo que “a margem para baixar impostos é muito reduzida”.
“Deixemo-nos de truques e de habilidades. Falemos a verdade às pessoas. [Tal como o conselheiro económico do PS Óscar Gaspar disse esta semana] o PS não se pode comprometer com o regresso aos salários e pensões de 2011 porque não há dinheiro. Se o PS foi eleito, não pode fazer muito diferente do que faz o atual Governo”, afirmou.
Na opinião do antigo líder do PSD, a reunião desta semana entre Passos Coelho e António José Seguro “foi uma conversa de surdos. Já toda a gente percebeu que se Seguro não fez um acordo no ano passado dificilmente o vai fazer agora”.
“Isto começa a ser ridículo. O discurso do PS é indigente em dizer que há uma divergência insanável. Faz-me lembrar a demissão irrevogável de Paulo Portas”, declarou, acrescentando que “o discurso do PSD em relação ao consenso já soa a cassete”.
Já em relação à reunião do primeiro-ministro com a chanceler alemã, Angela Merkel, o comentador entende que “Passos não foi a Bruxelas, o centro da União Europeia, mas foi a Berlim falar com quem manda”.
“O que Merkel deu a entender é que não haverá um programa cautelar formal a priori, mas poderá haver uma ajuda informal a posteriori se um dia for necessário”, concluiu.