Um dos promotores do Manifesto dos 70, assinado em Portugal para reivindicar a reestruturação da dívida, dá hoje uma entrevista ao Diário de Notícias, em que sublinha a possibilidade de se vir a iniciar o debate noutros países.
“A imaginação humana não tem muitos limites. Já recebi ecos de quem perceba que isto é importante nos seus países”, afirma João Cravinho, assegurando que “todos sabemos que está a aproximar-se o momento em que este problema vai ser discutido do âmbito europeu. (…) É no contexto do funcionamento da união económica e monetária que isto deve ser discutido”.
Nesta matéria, o histórico socialista lançou algumas farpas a Pedro Passos Coelho, ao dizer que “um primeiro-ministro, numa situação destas, não pode partir de machado em riste contra um agrupamento de pessoas das mais diversas naturezas e que têm, de modos muito diferentes, algum relevo nacional”.
Na opinião de João Cravinho, “o problema da dívida é europeu e não apenas um problema português” e Portugal só conseguirá cumprir o tratado orçamental “com um polícia à porta, porventura num estado de emergência”.