O Instituto Nacional de Estatística revelava esta segunda-feira que o risco de pobreza em Portugal tem vindo a agravar-se desde 2005, sendo que, em 2012, 18,7% das pessoas viviam em situações precárias. No entanto, de acordo com o noticiado pela TSF, a pobreza pode atingir mais pessoas do que diz a estatística oficial.
Numa nota ao relatório divulgado esta segunda-feira, o INE refere que se tivermos em conta a queda dos rendimentos medianos e a inflação, a taxa de pobreza pode chegar aos 24,7%.
A TSF explica que a tradicional taxa de risco de pobreza está dependente da evolução do rendimento mediano de cada português que caiu nos últimos anos, amortizando, na prática, o aumento da taxa de risco de pobreza, sendo que é considerado pobre quem tem, num determinado ano, menos de 60% do rendimento mediano no país.
Estes dados referem-se a um novo método de cálculo que teve como base o rendimento mediano de 2009, e não de 2012, concluindo que 24,7% dos portugueses tinha em 2012 um rendimento inferior àquele que em 2009 era o limite para ser considerado pobre. Uma percentagem que sobe para 30,9% nas crianças, 23,7% nos adultos em idade ativa e para 22,4% nos idosos.
Especialistas consideram que o INE procedeu bem ao apresentar novos dados, uma vez que as estatísticas oficiais têm limitações e são, apenas, um retrato parcial da situação.