Economistas defendem saída da Alemanha e França do euro
Sete economistas europeus, incluindo o português João Ferreira do Amaral, defendem que a Alemanha e a França devem abandonar a união monetária, pois só assim o euro é sustentável para os restantes Estados-membros, escreve o Jornal de Negócios.
© Reuters
Economia Tese
A ideia é defendida num texto publicado no Project Syndicate, um dos sites mais conceituados de opinião.
O português João Ferreira do Amaral, o alemão Hans-Olaf Henkel e o francês Jean-Pierre Vesperini são três dos sete signatários do texto que defende o desmantelamento da zona euro. Esta seria a solução necessária a adotar para que “nenhum país ou grupo de países” seja obrigado a “suportar o peso do ajustamento”.
Para os economistas este desmantelamento pode até “revigorar o ideal europeu”.
“A chave é assegurar que ela [a ideia do desmantelamento] surja do núcleo económico e político da União Europeia”. Isto é, “a Alemanha, maior potência económica da Europa, e a França, progenitora intelectual da unificação europeia, devem anunciar a sua saída simultânea do euro e a readoção do marco e do franco”, lê-se no texto citado pelo Jornal de Negócios.
Para os signatários do texto, “isso provocaria a reapreciação imediata do marco – e possivelmente do franco - em relação ao euro”. E não significaria que os restantes países tivessem de abandonar a união monetária, isso seria uma decisão de cada um.
“Os outros países membros teriam de decidir se querem manter o euro na sua forma amputada ou regressar às suas moedas nacionais, possivelmente atreladas ao marco ou ao franco. Independentemente da sua decisão, a competitividade dos preços das economias mais fracas da Zona Euro iria melhorar consideravelmente”, explicam.
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