Na última semana, os gastos do Estado em consultoria e assessoria foram superiores em quase 1 milhão de euros às despesas com alimentação.
Segundo uma análise levada a cabo pelo jornal i aos contratos de aquisição de bens e serviços publicados no Portal Base, foram despendidos 3,5 milhões de euros na contratação de consultores externos por parte de organismos públicos, e 2,6 milhões em alimentação (produtos alimentares e refeições confecionadas).
E foi um contrato do Banco de Portugal, que pagou 322,2 mil euros por 32 dias de consultoria financeira, o vencedor da despesa mais alta que se registou na semana passada. Este é já o segundo ajuste direto que o banco central celebrou junto da mesma consultora, a Oliver Wyman, no espaço de menos de um ano: em maio de 2013, havia já contratado os seus serviços por 483 mil euros, isto por um período de 98 dias, realça o i.
Refira-se que entre os dias 22 e 28 de março, até às 16h00, foram publicados, em termos globais, 1.675 contratos, perfazendo um montante de 93,6 milhões de euros gastos pelo Estado.
Construtoras (42,5 milhões) e laboratórios farmacêuticos (10,7 milhões) foram, deste bolo, as empresas que, no total amealhado, lideraram o ranking da maior fatia de dinheiro cortada aos cofres públicos no intervalo de tempo em apreço.