Diretor-geral diz que há "sinais positivos" na economia

O diretor-geral da tecnológica SAP Portugal, Paulo Carvalho, afirmou hoje que há "sinais positivos" de melhoria da economia portuguesa, com alguns investimentos, que tinham sido adiados, a "finalmente serem tomados".

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© Reuters

Lusa
08/04/2014 14:16 ‧ 08/04/2014 por Lusa

Economia

SAP Portugal

Paulo Carvalho falava aos jornalistas na conferência de imprensa de apresentação dos resultados da empresa no ano passado, cujo volume de negócios cresceu 22% para 70 milhões de euros, "a maior faturação de sempre" da SAP em Portugal.

Questionado sobre se já se sente alguma recuperação económica no mercado português, o diretor-geral da SAP Portugal disse: "Sim, há sinais positivos nos primeiros meses do ano".

"Temos empresas [em Portugal] que têm resistido de forma estoica à situação [económica] que temos no país e, claramente, estão a olhar para fora. O que sentimos, nos últimos meses, é que alguns dos investimentos que tinham sido adiados finalmente foram tomados", explicou.

"Isso é positivo", considerou Paulo Carvalho, apontando que Portugal precisa de "empresas fortes", que exportem, tragam riqueza para o país e que criem empregos.

"Acho que já demos alguns passos. As empresas não tiveram paradas, mas adiaram decisões" e agora "temos algumas provas que essas decisões estão a acontecer. Esperamos que isso se traduza em resultados", disse.

Defendeu que uma empresa portuguesa para competir à escala global tem de ter as mesmas armas que as grandes empresas e deu o exemplo do grupo Visabeira, com quem a SAP Portugal está a trabalhar na área de gestão do seu negócio de televisão de 'billing' em Angola e Moçambique.

"É dos primeiros clientes em Portugal a ter o seu ambiente operacional em tempo real, é um excelente exemplo", sublinhou o diretor-geral.

Paulo Carvalho defendeu que "é preciso pensar maior, as empresas portuguesas têm de ser ainda mais ambiciosas, vender mais, serem mais rentáveis, gerar mais 'cash flow' e reduzirem a sua exposição à dívida", que é o que as "grandes empresas fazem".

Sobre a Administração Pública, Paulo Carvalho defendeu a necessidade de ser tomada uma "decisão de modernizar" o setor, já que atualmente é "arcaica, pouco eficiente".

"Precisamos de um Marquês do Pombal que redesenhe a Administração Pública", apontou.

"Estamos muito interessados em trabalhar com a Administração Pública, temos tido oportunidade de sensibilizar os decisores públicos", afirmou.

Sobre o centro de serviços da SAP, Paulo Carvalho disse que está "a correr muito bem", adiantando que quer continuar a manter o desempenho que tem tido até agora e manter o "negócio sustentável por muitos anos".

No final do ano passado, o centro de serviços terminou com 110 colaboradores e este ano prevê contratar cerca de 100 novos trabalhadores, os quais integrarão os serviços e também a subsidiária portuguesa.

Licenciados e mestrados em engenharia, mas também em economia e gestão é o perfil que a SAP Portugal procura, pretendendo que dois terços sejam jovens até aos 30 anos.

"Espero [que o desempenho do centro de serviços] crie oportunidades" para a subsidiária portuguesa, adiantou.

"Em 2013 quase duplicámos o volume de exportações dos serviços. Em 2011 representava 8%, em 2012 15% e no ano passado 23%", disse o diretor-geral.

Para este ano, a expectativa é que a empresa continue a crescer, concluiu.

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