Riqueza média de Portugal será inferior à de Timor ou do Gabão

Segundo o relatório do FMI divulgado ontem, a retoma irá existir, mas, por enquanto, será insuficiente para colocar a taxa de desemprego de Portugal abaixo dos 12% daqui a cinco anos. Segundo o Jornal de Notícias, isso significa que Portugal irá manter-se no top 15 global do desemprego até 2019, e que poderá ser ultrapassado por países como Timor e Gabão em termos de riqueza média por habitante.

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Notícias ao Minuto
09/04/2014 10:28 ‧ 09/04/2014 por Notícias ao Minuto

Economia

Relatório

Apesar das reformas estruturais que têm sido aplicadas, no sentido de conseguir cumprir o programa de ajuda internacional, Portugal irá continuar no grupo dos 15 piores do mundo no toca à taxa de desemprego nos próximos 5 anos.

Em 2013, o país arrancou no 12.º lugar, com 16,2% da população ativa sem trabalho, e chegará a 2019 exatamente na mesma posição, apesar de conseguir reduzir a taxa para os estimados 12,9%.

Os dados estão de acordo com a base de dados atualizada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e divulgada pelo Jornal de Notícias, e concluem que os altos níveis de desemprego irão persistir, bem como as medidas que levarão o país a cumprir o acordo que fez com a troika.

Segundo o relatório ‘Perspetivas Económicas Globais’, divulgado ontem pelo FMI, este ano a economia portuguesa deverá crescer 1,2%, em termos reais. Irá continuar a crescer 1,5% até 2015 mas, a partir daí, nunca ultrapassará o ritmo de 1,8%.

O relatório também analisou o ranking da riqueza média por habitante e pode concluir-se que, no grupo das 185 economias analisadas, Portugal encontrava-se na 46.ª posição, em 2013. Deverá subir um lugar em 2014, mas acabará por voltar a perder posições. Até 2019, será ultrapassado por países como Timor-Leste, Gabão, Estónia e Lituânia.

Por estas razões, o FMI continua a afirmar que Portugal irá violar o pacto a partir de 2016. Segundo Blanchard, “o caso de Portugal está difícil: as exportações estão genericamente fortes mas a procura interna continua fraca”. 

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