Paulo Portas falava em representação do primeiro-ministro na cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais da Confederação Empresarial de Portugal (CIP).
A propósito de discussões recentes em torno do salário mínimo nacional, o governante defendeu que este deve ser melhorado, remetendo para a concertação social a calendarização e a definição de valores.
"Melhorar o salário mínimo nacional é um ato de justiça, o resto é essencialmente do domínio da concertação social e do entendimento entre parceiros sociais, o momento e as modalidades", afirmou.
Lembrando que o memorando da 'troika' contém uma cláusula que define que não se pode "tocar no salário mínimo sem pedir consentimento ao credor externo", Paulo Portas considerou que esta é "uma boa razão para terminar o memorando na data contratualmente prevista".
Durante o seu discurso, o vice-primeiro-ministro aproveitou para elogiar o desempenho de Portugal em termos de crescimento económico, mas salientou que "o desemprego ainda não desceu suficientemente".
"Portugal deixou a recessão técnica já lá vai bastante tempo, tem três trimestres de crescimento consecutivo", afirmou, salvaguardando contudo que "o desemprego, que é a fratura social mais relevante tanto na Europa como em Portugal, não desceu ainda suficientemente".