Na sua crónica desta semana no Diário Económico, o economista voltou a realçar que o país precisa de recuperar a sua competitividade, alertando que “hostilizar o capital, e a sua rentabilidade”, é também hostilizar o investimento.
Analisando o facto de a balança comercial da zona euro, em relação ao resto do mundo, estar tendencialmente equilibrada no início da crise, Vítor Bento referiu que isto que queria dizer que os défices de alguns Estados membros era compensado, aritmeticamente, pelos excedentes de outros estados membros.
Para o economista, o foco em relação aos parceiros europeus não deve portanto estar na reestruturação da dívida, mas na “política económica da zona euro (como um todo)”. A qual, considera, tem reprimido desnecessariamente a procura interna.
Vítor Bento considera que há “um ’loop’ adverso sobre os países periféricos”, que se veem obrigados a recuperar competitividade baixando custos internos, enquanto os países excedentários não fizeram o seu próprio ajustamento. Daí que este ‘loop’ possa ter um efeito contracionista em toda a zona euro.