Cerca de ano e meio após a entrada em vigor da lei, senhorios e inquilinos continuam a ter que fazer novas contas, no que às rendas diz respeito. Entretanto, já terão sido apresentados mais de 50 mil pedidos de comprovativo do Rendimento Anual Bruto Corrigido (RABC).
Estes pedidos pelo RABC têm servido de comprovativo de carências financeiras e são uma das poucas ferramentas de inquilinos que viram aumentar de forma abrupta a sua renda.
Citando Luís Menezes Leitão, presidente da Associação Lisbonense de Proprietários, o Jornal de Negócios adianta que, no total, já terão sido atualizadas um terço das 255 mil rendas antigas, contabilizadas no último Censo.
A expectativa, no entanto, é que possa haver nova vaga de aumentos entre os senhorios que ainda não tenham atualizado as rendas. O mês de abril, altura em que se paga o IMI, deverá chamar a atenção de senhorios para o aumento que se tem verificado no imposto, o que deverá provocar o subsequente aumento das rendas.
Satisfeito com o processo de liberalização em curso no mercado de arrendamento, Menezes Leitão admite que há, ainda assim, arestas por limar. No entanto, da parte da Associação de Inquilinos Lisbonense, pela voz do presidente Romão Lavadinho, chega a crítica de que o “Governo ultrapassou largamente o que era pedido”, cita o Jornal de Negócios.