14 milhões para disputar EUA e mercados emergentes

O Presidente da República visitou hoje em Aveiro a Indasa, empresa de abrasivos que vai investir 14 milhões de euros, para reforçar a capacidade produtiva, a pensar nos mercados da Índia, EUA, Brasil e Médio Oriente.

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© Reuters

Lusa
22/04/2014 12:40 ‧ 22/04/2014 por Lusa

Economia

Indasa

"É um excelente exemplo de uma empresa dinâmica e inovadora, com forte presença nos mercados externos e é por isso que aqui estamos", comentou Cavaco Silva, após ouvir do presidente do conselho da administração da Indasa, Benjamim Pinho dos Santos, a apresentação da empresa e as perspetivas de crescimento.

O grupo Indasa, cuja produção é dirigida em 90% para a exportação, dispõe de nove filiais e está presente com os seus produtos, através de parcerias, em 90 países. Registou em 2013 um volume de negócios consolidado de 51 milhões de euros, que espera fazer crescer até 70 milhões de euros em três anos, em resultado do investimento já iniciado com a ampliação das instalações.

O aumento da capacidade produtiva, o reforço da logística e a eficiência energética são algumas das áreas para que se direciona o investimento do grupo, para ganhar mercado nos Estados Unidos e em países emergentes.

"A situação económica e financeira é sadia e consolidada", conforme descreveu Benjamim Santos, enquanto projetava o gráfico com os dados do grupo, que o Presidente da República foi acompanhando, realçando o facto de a empresa ter "dívida negativa" e a autonomia financeira ter vindo a subir.

O contraste com o país é evidente também na política salarial e a discussão sobre o aumento do salário mínimo não faz ali sentido: o salário mais baixo praticado é de 650 euros e só um trabalhador contratado aufere esse vencimento, sendo a média salarial praticada de 1475 euros mensais.

Criada em 1979 tendo em vista o mercado externo de repintura automóvel, por gente ligada ao setor (Benjamim Santos foi administrador da Luzostela), a Indasa foi crescendo paulatinamente em volume de vendas, também à custa do desenvolvimento de lixas e outros produtos para vários setores, ainda que registando quebras coincidentes com crises internacionais, como a guerra no Iraque.

A permeabilidade a essas flutuações é o preço a pagar por quem está no mercado global e tem de estar atento aos sinais, ponderando riscos do investimento, como expôs o presidente da administração da Indasa, exemplificando com a situação na Síria e na Ucrânia, países que em conjunto significam um milhão de euros para a empresa.

Apesar das cautelas, que obrigaram a atrasar o investimento previsto, o grupo encara os próximos três anos com confiança.

"Estamos com um aumento de vendas de 18% em relação ao ano passado e as perspetivas de crescimento são boas. O próprio mercado nacional está a crescer", comentou Benjamim Santos.

Apesar de importar "praticamente todas" as matérias primas, a Indasa exporta 76% da produção, sendo a Europa a principal cliente, com 51%, seguida dos EUA, com 17,89%, onde tem de lutar com o "gigante" 3M, mas é nos mercados emergentes que vai focar a atenção, com a Índia, Médio Oriente e sobretudo o Brasil em mira, apesar de ser "o mercado mais complicado" para o grupo, que enfrenta a concorrência de fabricantes locais, mas também aí da 3M.

Nessa competição, a Indasa aposta "no topo da qualidade com preços altos", já que tem alguns produtos de melhor qualidade do que a concorrente norte-americana.

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