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Empresários dão nota mais baixa de sempre a inovação no país

Os resultados da política de inovação em Portugal receberam do Painel de Opinião do Barómetro de Inovação da COTEC a nota de 3,6, "o valor mais baixo de sempre" atribuído.

Empresários dão nota mais baixa de sempre a inovação no país
Notícias ao Minuto

11:04 - 28/04/14 por Lusa

Economia COTEC

Composto por 24 membros, o Painel de Opinião do Barómetro de Inovação da COTEC sai anualmente, sendo as respostas dos empresários inquiridos classificadas de um a sete, tendo a nota agora atribuída sido, em média, de 3,6 em relação aos resultados da política de inovação do país.

Esta é uma das conclusões apresentadas no Portugal Inovação -- Painel de Opinião do Barómetro de Inovação COTEC, que decorre hoje no auditório da EDP Way, em Lisboa.

Para o presidente da EDP Inovação, António Vidigal, e o cofundador e presidente da Critical Software, Gonçalo Quadros, dois dos 24 membros do Painel de Opinião, Portugal deveria inspirar-se no "modelo dos países escandinavos", baseado na "ética e na educação".

"Em 2030 gostaria de ter Portugal à imagem de um país escandinavo com ética rigorosa e em que a corrupção é mínima. À imagem da Finlândia, Portugal, embora tenha uma pequena dimensão, poderá ter um forte impacto ao nível da inovação, o que será conseguido à custa de um sistema de educação mais informal e eficiente como é o caso na Finlândia", advogou.

Segundo o gestor, a sociedade civil terá "progressivamente um papel mais relevante" em Portugal e para que se siga um modelo semelhante ao da Finlândia há, nomeadamente, que "melhorar o sistema de justiça e de educação", além de ter de haver "uma grande ligação" entre a universidade e a indústria.

A aposta inicial, neste último caso, ter-se há de fazer tendo como foco "projetos nacionais prioritários" que permitam criar alguns 'clusters' marcados pela excelência, realçou António Vidigal, adiantando que em Portugal "100% da energia utilizada será renovável" em 2030 e que o país exportará para a Europa excedentes desta energia, uma parte dela eólica 'offshore' de águas profundas, destacando-se por ser também o "Google da Energia" ao vender tecnologia em todo o mundo.

Gonçalo Quadros, por sua vez, realça que "gostaria que Portugal alcançasse o que é o modelo nórdico hoje: A aposta decisiva para o conseguir é a aposta na educação. Uma escola pública inclusiva que se tem de construir como um desígnio nacional, que qualifique, construa valores e contribua para uma cultura que promova o coletivo, em oposição ao que designamos chico-espertismo".

Quanto a desenvolvimentos positivos verificados no estado da inovação em Portugal diversos membros do Painel de Opinião estão de acordo em relação a um restrito número de assuntos.

Estes têm a ver com as oportunidades oferecidas pelo novo QREN (Portugal 2020) com o "aumento considerável" dos apoios às Pequenas e Médias Empresas (PME), o novo programa de apoio à Investigação e Desenvolvimento (I&D) da União Europeia (Horizonte 2020), a manutenção no Orçamento de Estado para 2014 dos incentivos fiscais à inovação (SIFIDE), com a expectativa de uma duração mais alargada e a medida adotada pelo Governo de um crédito fiscal extraordinário para investimento.

Os constrangimentos às políticas de inovação apontados pelo painel em Portugal, no passado recente, têm a ver com o financiamento e a sua redução, a qual "prejudica o sistema de inovação no seu todo" e o número de bolsas de doutoramento e de pós-doutoramento concedidas pelo Estado português.

Peter Villax, administrador da Hovione e outro dos membros do painel, realça a importância da "definição de objetivos e de uma visão futura para os negócios".

"Gostava de ter hoje, e não em 2033 um país que estivesse sempre virado para o futuro e não para as datas do passado [Monarquia, República, Estado Novo e conquistas de Abril]. (...) Ninguém fala do que queremos ser. Eu desejo um país rico, próspero onde eu possa fazer negócios", diz.

O Presidente da Câmara de Comércio Americana em Portugal, José Joaquim Oliveira, advoga uma "aposta clara e inequívoca" nas exportações, tendo como meta mínima alcançar os 65% do Produto Interno Bruto (PIB) português.

A defesa de um plano de proteção e exploração equilibrada dos recursos naturais essenciais, água e florestas, é um aspeto que considera fulcral para o desenvolvimento do país.

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