Pedro Passos Coelho, que discursou hoje na sessão comemorativa do 1.º de Maio, Dia do Trabalhador, promovida pelos Trabalhadores Sociais Democratas (TSD), num hotel de Lisboa, explicou o que levou o Executivo a optar por aumentar a taxa máxima do IVA para os 23,25% e a subir a TSU em 0,2%.
O primeiro-ministro começou por dizer que este foi o caminho encontrado para ir ao encontro do que foram as “recomendações do Tribunal Constitucional”, isto é, o que “era necessário ir buscar em termos de financiamento seja agora repartido de maneira diferente”.
E sobre esta repartição, Passos Coelho garantiu que o aumento de “0,25% do IVA e de 0,2% da TSU custará menos a suportar pela generalidade dos portugueses do que o mesmo valor [repartido] só entre os pensionistas”.
O chefe do Executivo disse ainda que “em certos aspetos podemos até pensar que esta solução será mais amiga do crescimento da economia” porque, sublinhou, “estamos a restituir rendimentos” e a diminuir o esforço dos pensionistas que retém capacidade de consumo.
Passos Coelho, que lembrou que o país ainda tem um défice para reduzir, garantiu que esta redução será feita “sem precisar de aumentar impostos e sem precisar ir ao rendimento das pessoas”.
E juntando o défice à oposição, o primeiro-ministro deixou um recado: “Não me venham, aqueles que deixaram o défice no país em 10% por dois anos consecutivos, fazer acusações sobre a maneira como reduzimos o défice”.