João Ferreira do Amaral foi, esta noite, o convidado de Medina Carreira no programa ‘Olhos nos Olhos’. À antena da TVI24, o economista afirmou que “os efeitos mais gravosos [do resgate financeiro] desaparecem, mas continuamos subordinados a muito mais do que as pessoas conhecem”.
“O tratado orçamental que assinámos impõe regras para o futuro, de aperto orçamental, que não vamos conseguir cumprir”, sustentou, explicando que “programas deste tipo houve muitos no século XX e alguns bem duros, mas este foi um exagero. Não deu margem nenhuma para o Governo funcionar”.
A opinião do especialista foi sustentada por Medina Carreira, que afirmou que “isto não era possível em três anos. Bastava saber que eram três anos para se perceber que não era viável”.
No entanto, o jurista assumiu que “atacam o Governo por tomar medidas excessivas, mas no mesmo período de tempo nenhum outro deixava de fazer o que este fez”.
Em relação à moeda única, João Ferreira do Amaral é perentório: “a moeda é um instrumento essencial para se gerir a independência de um país. Não teríamos tido problemas se o euro tivesse sido uma moeda normal e não tivesse valorizado tanto. Mas foi criado para ser uma moeda forte”.