"Como as decisões [do órgão de supervisão bancária] podem implicar custos orçamentais, seria lógico um equilíbrio dos votos, por exemplo, em função das participações no capital" do BCE, disse Weidmann, durante um discurso num congresso de financeiros, realizado em Frankfurt, citado pela AFP.
No Conselho dos Governadores do BCE, integrado por seis membros do seu directório e pelos governadores dos 17 bancos centrais dos países que estão na Zona Euro, cada voto tem o mesmo peso nas questões de política monetária, qualquer que seja a participação no capital do BCE do Estado representado.
As decisões porém são ponderadas, em função do peso económico de cada Estado, quando se trata de decisões em matéria de capital.
Se fosse aceite, a proposta de Weidmann daria à Alemanha o maior peso no seio da futura supervisão bancária europeia, uma vez que, através do Bundesbank, representa 18,94% do BCE.
A segunda participação mais importante é a da França, com 14,22%, seguida pela Itália, com 12,49%. A posição portuguesa é de 1,75%.