Até ao final do mês de Março, registaram-se mais de 20 mil famílias em situação de incumprimento, sendo que, segundo o Diário Económico, quatro mil se deve ao crédito à habitação.
Este constitui o maior aumento de incumprimentos, num período de dois anos, e que diz respeito portanto ao período do apogeu da crise económica nacional.
A diferença é que atualmente existe um Plano de Ação para o Risco de Incumprimento (PARI) mas a verdade é que este parece não estar a surtir os efeitos necessários.
A iniciativa do Banco de Portugal, o PARI surgiu em 2013 e tinha como objetivo atuar de forma preventiva em casos de incumprimentos através de duas formas: ou os bancos implementariam sistemas informáticos que possibilitassem identificar com antecedência a ocorrências destas situação através de alertas ou então seria o próprio cliente a informar a instituição bancária da previsibilidade de virem a incumprir.
Segundo Natália Nunes, do Gabinete de Apoio ao Sobreendividado da Deco, “os bancos apenas inserem as pessoas quando estas os informam de dificuldades financeiras”, logo já não há lugar à apresentação de propostas de reestruturação de créditos, uma vez “que os clientes já não têm condições financeiras que lhes permitam suportar o serviço de dívida”.