O Governo foi rápido a apontar uma solução e o Executivo faz render a resposta por estar preocupado com o Orçamento de 2015, segundo o Expresso.
O Executivo pode recorrer à reposição dos cortes nos salários acima dos 1.500 euros e, desta forma, contornar os problemas financeiros causados pelo chumbo do Constitucional. Mas só os problemas deste ano se resolvem, ficando o Orçamento do Estado do próximo ano comprometido.
"No próximo, se a medida for para continuar, ninguém sabe”, revela uma fonte oficial ao Expresso.
À mesma publicação, um alto dirigente do PSD alerta que "é preciso saber se há fundos para pagar tudo" até porque, sublinha, "está toda a gente a fazer perguntas. Autarquias e institutos nadam em dúvidas”.
O Documento de Estratégia Orçamental (DEO) revela que os salários vão ser repostos a partir do próximo ano, mas agora o Constitucional decretou que a medida tem de ser aplicada já. E o Executivo não só perde o bónus que ia dar aos contribuintes, como se arrisca a ter que subir novamente os impostos.
“Lançaram a incerteza sobre tudo o resto que está para ser discutido: a CES, que por este princípio também vai ser chumbada, e as medidas para 2015”, diz um responsável da maioria. Ou seja, terão que refazer o DEO, o Orçamento do Estado deste ano e ainda a carta de intenções que terão de entregar este mês ao FMI.
Neste momento, o Executivo está a trabalhar numa solução que deve ser alcançada até ao dia 16 deste mês, data em que o FMI fechará formalmente o resgate português.
A decisão final do Executivo poderá só ser fechada quatro dias antes, no conselho de ministros de dia 12.