"São dados muito positivos que demonstram que a recuperação económica iniciada é muito importante, que há 15 meses o desemprego cai, que estamos a liderar a redução do desemprego no país e temos é de continuar a apostar no reforço dessa recuperação económica que nos trouxe esse resultado positivo", afirmou Miguel Poiares Maduro, à Lusa, em Bragança.
O ministro comentava, à margem de uma visita a uma empresa local, os dados divulgados pelo Eurostat que dão conta de que a taxa de desemprego em Portugal registou em abril a segunda maior descida homóloga na União Europeia, de 17,3% para 14,6%, apenas atrás da Hungria, sendo contudo a quinta mais elevada entre os 28 Estados-membros.
Já o desemprego jovem em Portugal caiu ligeiramente para 36,1%, face aos 36,3% do mês anterior e aos 40,3% de há um ano, constituindo-se como a sexta taxa mais elevada a nível europeu, superada pela Grécia, a Espanha, a Croácia, a Itália e Chipre.
"Porque 14,6% de desemprego é muito melhor dos que os mais de 17% que tínhamos há pouco mais de um ano, mas ainda é muito elevado e, é por isso, e será essa a preocupação fundamental do Governo", acrescentou Poiares Maduro.
Questionado acerca das declarações de membros do Governo e do PSD sobre o impacto do último chumbo do Tribunal Constitucional (TC) a medidas do Orçamento do Estado, Poiares Maduro afirmou que o primeiro-ministro e o vice-primeiro-ministro já se pronunciaram sobre isso e que "não há nada a acrescentar".
Reiterou, contudo, que "é claro que o Governo discorda da decisão", acrescentando que na Constituição e na democracia portuguesas "as decisões do Tribunal Constitucional são para cumprir" e que "o Governo irá cumprir com essa decisão, mas discorda dela".
Disse ainda que "o Governo a seu tempo indicará as medidas que irá tomar no sentido de corresponder às consequências que resultam da decisão" do TC, "sendo que a preocupação fundamental é aquela de garantir que a recuperação económica que foi iniciada se vai manter e vai ser aprofundada".
"A preocupação do Governo, neste momento, é continuar a ser aquilo que sempre foi, que é um fator de estabilidade para o país, e continuar a assegurar as condições que garantam que a recuperação económica que foi iniciada se mantenha e, desse ponto de vista, os dados que tivemos hoje de desemprego são dados que nos devem felicitar a todos", concluiu.