“A despesa social do Estado é hoje maior do que era antes do processo de ajustamento se ter iniciado”. Durante o quinto Congresso das Instituições de Solidariedade, no Porto, Pedro Passos Coelho falou das dificuldades que a crise o programa de ajustamento trouxeram aos portugueses.
Num discurso virado para o desenvolvimento social, o primeiro-ministro garantiu que “mesmo num momento de gravíssima evidência financeira mobilizamos recursos como nunca antes”. Para o líder do Estado, durante o período de crise, “cresceram necessidades e carências sociais, mas se as necessidades aumentaram, os recursos para fazer face também aumentaram apesar da escassez financeira”.
De forma a justificar os sacrifícios feitos pelos portugueses nos últimos três anos, Passos Coelho garantiu que “se nos deixássemos seduzir pelo canto do incumprimento teríamos sido atirados para um segundo resgate”.
“As opções nos três anos foram sempre feitas para proteger os portugueses”, destacou.
“É dever deste Governo e dos próximos garantir as condições para uma economia social de mercado, para tomar as medidas necessárias para o efetivar”, frisou o primeiro-ministro que não deixou de avisar que o “Estado tem que ter as suas contas equilibradas, sobretudo num pais que acabou de fechar um programa de assistência externa”.