Cerca de sete mil serviços públicos encerrados no interior do país desde 2000, Desde escolas, unidades de saúde, postos da GNR ou Correios, junta-se também os tribunais e as repartições das Finanças, anuncia o Jornal de Notícias
Há um grande fosso entre o interior e o litoral que afasta os cidadãos do Estado, esse que apela à fixação de populações.
“Quando o Estado retira escolas, tribunais ou as Finanças, é a própria legitimidade do Estado que também desaparece”, explica Giovanni Allegretti, especialista em Planeamento Territorial, acrescentando que “ninguém fica onde não existe nada”.
De 1974 a 2013, o interior já perder 197 mil habitantes.
“O Estado não pode acentuar clivagem e agir com as regras do mercado. Fechar uma escola não é o mesmo que fechar uma loja ou um talho”, alerta Giovanni.
Giovanni afirma ainda que “nenhuma força jovem permanece num espaço onde o Estado só teve em conta a relação custo benefício, e não a especificidade”.