Espanha, Reino Unido, Itália, Estónia, Áustria, Eslovénia, Finlândia, Suécia e Noruega já adotaram a inclusão no cálculo do produto interno bruto (PIB) das estimativas de receitas da prostituição e do tráfico de droga.
Esta medida, conta o i, faz crescer de forma fictícia o PIB, mas ajuda a reduzir o défice e a aclarar as ideias de alguns credores, investidores e economistas, uma vez que terá repercussões mais expressivas nas folhas de Excel do que na realidade.
Com a inclusão da prostituição e do tráfico de droga nas contas, o PIB ‘cresce’ e, por seu turno, a dívida pública e o défice ficam mais leves. A aplicação desta medida em Portugal cabe ao Instituto Nacional de Estatística (INE) e, a acontecer, o PIB nacional poderia crescer mais 1% a 2% já em 2015, contudo pode apresentar alguma distorção nas contas públicas, uma vez que os valores não passam de estimativas.
No que toca ao consumo de droga, no Reino Unido, o cálculo é obtido através das respostas a inquéritos e são admitidos seis tipos de drogas: cocaína (em pó e crack), heroína, canábis, ecstasy e anfetaminas. Com as drogas e prostituição, por exemplo, o PIB britânico vai crescer 12 mil milhões de euros.