"Não podemos ficarmo-nos apenas por aquilo que estas infraestruturas significam de construção física, elas têm de ter efeito e o efeito que têm de ter neste caso é o efeito de reverterem em benefício do rendimento dos pescadores e do rendimento de todos aqueles que intervêm nesta cadeia", frisou.
O presidente do executivo açoriano falava na cerimónia de inauguração das obras de requalificação do porto de pescas do Porto Judeu, no concelho de Angra do Heroísmo, ilha Terceira, que representaram um investimento de cerca de 900 mil euros.
Segundo Vasco Cordeiro, a importância deste tipo de obras para a capacitação do setor "está à vista de todos", mas estas infraestruturas têm de "reverter em benefício da competitividade do setor das pescas".
O presidente do Governo Regional reafirmou que o principal desafio da região não é pescar mais, mas "vender melhor", frisando que esta mensagem tem de estar presente "desde os pescadores até aos responsáveis públicos por este setor".
Nesse sentido, apelou à "valorização das características das pescas nos Açores", onde cerca de 90% do peixe descarregado em lota "resulta de pesca artesanal", lembrando que existe uma forte preocupação com a preservação das espécies e com a "gestão sustentável dos recursos".
Vaco Cordeiro considerou que deve existir também uma "valorização de espécies que já são capturadas na região, mas não têm aproveitamento comercial", acrescentando que a intervenção da "marca Açores" também deverá contribuir para o aumento do rendimento dos pescadores.