Os portugueses viram os seus salários reais reduzidos em 10% desde 2010, o ano do início da crise, sendo que os funcionários do Estado foram os mais penalizados com as suas remunerações a recuar para o nível de 1997, avança o Diário de Notícias.
“As remunerações do trabalho caíram, em termos reais, 10% entre 2010 e 2013”, afirma o Banco de Portugal num relatório sobre o poder de compra dos portugueses.
Este recuo nas tabelas salariais foi especialmente agressiva no caso dos trabalhadores do Estado, cuja quebra salarial sofrida desde 2010 ronda os 24%, “uma perda que aumenta se contarmos com o congelamento salarial, a redução do pagamento do trabalho suplementar e o aumento do horário de trabalho”, conta o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) em declarações ao Dinheiro Vivo.
No mesmo relatório sobre o real poder de compra dos portugueses, o Banco de Portugal sustenta que este está a cair desde o início da crise, pois para além dos funcionários públicos verem os seus salários caírem para o nível de há 16 anos, também os do setor privado tinham no ano passado remunerações ao nível de 2005.