"Há promiscuidade entre privados e governação pública"

No dia em que o jornal i revelou que 18 gestores e empresários enviaram a Pedro Passos Coelho uma carta onde pedem que o Governo corte nas rendas da energia, Miguel Sousa Tavares não poupou críticas à forma como o Executivo tem gerido as privatizações. Na antena da SIC, o comentador garantiu que “há uma grande promiscuidade entre os interesses privados e a governação pública”, assegurando que o Governo só não faz uma renegociação das rendas neste setor “porque não há vontade política para o faze

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Patrícia Martins Carvalho
16/06/2014 20:52 ‧ 16/06/2014 por Patrícia Martins Carvalho

Economia

Sousa Tavares

Miguel Sousa Tavares foi hoje bastante crítico relativamente à forma como o Executivo de Pedro Passos Coelho tem conduzido a política de privatizações.

No Jornal da Noite, da SIC, o comentador começou por dizer que “tornou-se claro há muitos anos que a EDP é um Estado dentro de outro Estado e que é protegida como tal”.

Para Sousa Tavares “não há nada mais perigoso que pegar num setor que fornece um serviço público essencial e privatizá-lo em regime de quase monopólio”.

E, por isso, sublinhou, “o único interesse do país era nacionalizar de volta a EDP”.

Quanto às excessivas rendas aplicadas no setor energético, Sousa Tavares questionou: “Como é que não se faz uma renegociação a sério das rendas da energia?”. E logo depois respondeu: “Só não se faz porque não há vontade política para o fazer”.

E não há vontade para o fazer porque, explicou, “há uma grande promiscuidade entre interesses privados e a governação pública”.

“Infelizmente é verdade”, concluiu.

 

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