Miguel Sousa Tavares foi hoje bastante crítico relativamente à forma como o Executivo de Pedro Passos Coelho tem conduzido a política de privatizações.
No Jornal da Noite, da SIC, o comentador começou por dizer que “tornou-se claro há muitos anos que a EDP é um Estado dentro de outro Estado e que é protegida como tal”.
Para Sousa Tavares “não há nada mais perigoso que pegar num setor que fornece um serviço público essencial e privatizá-lo em regime de quase monopólio”.
E, por isso, sublinhou, “o único interesse do país era nacionalizar de volta a EDP”.
Quanto às excessivas rendas aplicadas no setor energético, Sousa Tavares questionou: “Como é que não se faz uma renegociação a sério das rendas da energia?”. E logo depois respondeu: “Só não se faz porque não há vontade política para o fazer”.
E não há vontade para o fazer porque, explicou, “há uma grande promiscuidade entre interesses privados e a governação pública”.
“Infelizmente é verdade”, concluiu.