Durante o debate organizado pelo Observatório sobre Crises e Alternativas, Eugénio Rosa reforçou a tese da diminuição do salário líquido da Função Pública.
Em declarações esta manhã, o economista afirma que os cortes salariais aplicados desde janeiro – entretanto declarados inconstitucionais -, somados aos impostos e aos descontos da ADSE fizeram com que o salário líquido dos funcionários públicos apresentasse uma queda de 19,9% quando comparado com o que estes funcionários auferiam em 2010.
Ainda de acordo com as contas de Eugénio Rosa, citadas pelo Jornal de Negócios, o ordenado médio mensal nominal, em 2010, rondava os 1.654 euros, mas baixou para 1.512 euros no início deste ano. Aqui, destaca a publicação, o principal culpado é o aumento dos impostos e dos descontos para a ADSE.
Para estes cálculos, além dos descontos para a ADSE, o economista teve em consideração o congelamento de salários, o congelamento de carreiras, os cortes nominais mas remunerações e subsídios, o aumento do horário de trabalho de 35 para 40 horas semanais sem que o salário seja aumentado e a redução do pagamento do trabalho extraordinário, tendo ainda sido registada a redução líquida de 102 mil trabalhadores do Estado.