"Haverá um protocolo, com certeza", referiu o governante, sem adiantar detalhes sobre o que será definido no documento, uma vez que "ainda não está escrito", acrescentou.
Questionado sobre quanto tempo poderá levar até entrar em vigor, o ministro português limitou-se a referir que o prazo "será breve, depende fundamentalmente do novo Governo da Guiné-Bissau".
"Ainda não há uma proposta, mas quando deixarem de existir as condições de insegurança que levaram à suspensão dos voos, serão reestabelecidos", acrescentou.
Rui Machete falava ao chegar hoje ao aeroporto internacional de Bissau.
O governante representa Portugal na cerimónia de posse do Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, eleito em maio.
Já na última semana, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Luís Campos Ferreira, também de visita a Bissau, referiu que "não basta que haja um papel assinado", entre governos ou outras instituições.
"As operadoras e os países têm acordos para fazer os seus voos, nesses acordos há um conjunto de boas práticas" e tem que haver "garantias de que são cumpridas", referiu.
A TAP suspendeu em dezembro a rota entre Bissau e Lisboa nos dois sentidos depois de a tripulação ter sido coagida por forças de segurança guineenses a levar 74 passageiros ilegais para Lisboa.
Sem ligações diretas para a Europa, não há agora outra alternativa que não passe por várias horas de voo com escalas noutros aeroportos para ligar as duas capitais, com prejuízos para os guineenses em serviços de saúde, negócios e correios, por exemplo.
Domingos Simões Pereira, primeiro-ministro eleito da Guiné-Bissau e que deve ser empossado pelo novo Presidente nos próximos dias, já exprimiu por mais que uma vez a vontade de retomar os voos em segurança.