"Se não fosse Espanha a dar trabalho, morria tudo de fome"

Há muito que Vila Real de Santo António deixou de ser uma região de fábricas de conservas de peixe. As operárias viram-se obrigadas a procurar emprego em Espanha, que, confessam, é a solução que evita que passem “fome”. Isla Cristina, em Andaluzia, é um dos polos de atividade, como conta o Público deste domingo.

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Notícias Ao Minuto
29/06/2014 09:22 ‧ 29/06/2014 por Notícias Ao Minuto

Economia

Indústria

“Se não fosse a Espanha a oferecer trabalho, morria tudo de fome”. É esta a reação de uma operária da indústria conserveira quando confrontada com a necessidade de deitar mãos ao trabalho no país vizinho, no seguimento do fecho das fábricas existentes deste lado da fronteira.

Manuela Viegas, ouvida pelo Público, vive em Monte Gordo e desloca-se todos os dias a Isla Cristina, em Andaluzia (Espanha), onde trabalha numa fábrica de conservas de peixe.

Em tempos, também Vila Real de Santo António tinha sediadas várias empresas com a mesma atividade, que dinamizavam a região. “Agora, restam duas fábricas em Olhão. Uma miséria”, lamenta.

“A Espanha cobra uma taxa única de 8% do IVA no turismo. Em Portugal, paga-se 6% no alojamento, mas no setor da alimentação e bebidas paga-se 23%. Estamos a competir em condições de desigualdade”, disse ao Público o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, explicando a fuga de vários empresários para Espanha.

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